Um estudo recente investigou a eficácia da integração de cursos remotos de apoio psicológico familiar (R-FPSC) com intervenções tradicionais mediadas por cuidadores (CMI) no tratamento do transtorno do espectro autista (TEA). A pesquisa, conduzida como um ensaio clínico randomizado, envolveu 140 pais de crianças com TEA e destacou a importância da saúde mental dos pais para otimizar os resultados terapêuticos.
Os resultados indicaram que a adição de R-FPSC melhora significativamente a competência parental e reduz o estresse de forma mais eficaz do que a CMI isoladamente. Isso sugere que o apoio psicológico remoto pode ser uma ferramenta valiosa para fortalecer as habilidades dos pais no manejo do TEA e promover um ambiente familiar mais estável e positivo. O estudo enfatiza que o bem-estar dos pais é um fator crucial no desenvolvimento e bem-estar da criança com TEA.
Apesar das melhorias observadas no estresse e na competência dos pais, o estudo não encontrou diferenças significativas nos sintomas de ansiedade e depressão entre os grupos. Isso indica que, embora o R-FPSC fortaleça as habilidades parentais, seu impacto nos transtornos do humor pode exigir uma investigação mais aprofundada. No entanto, os achados defendem a inclusão do apoio psicológico remoto em intervenções familiares como uma estratégia viável e econômica, ampliando o acesso a recursos essenciais e melhorando os resultados tanto para os pais quanto para as crianças. Futuras pesquisas devem avaliar os impactos a longo prazo dessas intervenções e explorar os mecanismos específicos pelos quais as melhorias na saúde mental dos pais afetam o desenvolvimento infantil. A pesquisa aponta para um futuro promissor no tratamento do autismo, onde o apoio psicológico remoto desempenha um papel fundamental no bem-estar familiar.
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