A obesidade é um problema de saúde crônico que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, disfunção metabólica associada à doença hepática esteatótica e certos tipos de câncer. Estratégias eficazes para prevenir e controlar a obesidade são cruciais, e entre elas, o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) e o treinamento contínuo de intensidade moderada (MICT) têm se mostrado promissores.
Um estudo recente investigou os efeitos comparativos do HIIT e do MICT em camundongos obesos, focando nas melhoras metabólicas e na regulação de proteínas específicas envolvidas no metabolismo lipídico. Os resultados indicaram que ambos os tipos de treinamento aliviaram o ganho de peso induzido por uma dieta rica em gordura e melhoraram o metabolismo lipídico, além de atenuarem a disfunção hepática. No entanto, o HIIT se destacou por aumentar a sensibilidade à insulina, reduzir a esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) e diminuir a hipertrofia dos adipócitos (células de gordura).
Além disso, o HIIT demonstrou restaurar a expressão de proteínas como Cidea e Cidec, importantes para o metabolismo de gorduras, no tecido adiposo branco e no fígado. O estudo também revelou que o HIIT aumentou a produção de interleucina 6 (Il-6) no músculo esquelético, o que, por sua vez, parece influenciar a expressão de Cidec e a lipólise (quebra de gordura) nos adipócitos. Em resumo, o HIIT parece ser uma estratégia mais eficaz do que o MICT para melhorar a disfunção metabólica associada à obesidade, possivelmente através da regulação da Il-6 e seu impacto no metabolismo lipídico.
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