A terapia funcional cognitiva (TFC) surge como uma intervenção biopsicossocial centrada no paciente, demonstrando grande potencial para o tratamento da dor lombar crônica. Um estudo recente investigou as experiências de fisioterapeutas que aplicam a TFC em sua prática clínica diária, após receberem treinamento especializado. A pesquisa buscou identificar os fatores que facilitam ou dificultam a implementação dessa abordagem terapêutica promissora.
O estudo qualitativo envolveu entrevistas com quinze fisioterapeutas da atenção primária, com experiência clínica variando de 3 a 25 anos. A análise dos dados revelou uma série de facilitadores e barreiras em diferentes níveis: individual, micro (interface clínica), meso (serviço de saúde) e macro (sistema de saúde). No nível individual, os fisioterapeutas relataram se sentir competentes e habilidosos na aplicação da TFC. No entanto, no nível do microssistema, o tempo disponível e a evolução da identidade profissional influenciaram a implementação.
No mesosistema, o apoio social dentro da comunidade clínica e os resultados positivos nos pacientes foram fatores facilitadores da TFC. Por outro lado, a falta de unidade no manejo da dor em todo o sistema de saúde e a remuneração inadequada foram identificados como barreiras. No nível do macrossistema, as crenças da sociedade sobre a dor, as mudanças na identidade profissional e os modelos de financiamento tiveram influência na implementação da TFC. Identificar e abordar esses facilitadores e barreiras pode otimizar a adoção da TFC, contribuindo para melhores resultados para os pacientes com dor lombar crônica.
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