A fisioterapia neurológica tem demonstrado um avanço significativo ao longo das últimas décadas, tanto em volume de pesquisas quanto em qualidade metodológica. Um estudo recente analisou dados coletados ao longo de 63 anos, abrangendo o período de 1958 a 2021, indexados na base de dados PEDro (Physiotherapy Evidence Database). A análise revelou um aumento considerável no número de ensaios clínicos randomizados (RCTs) focados em intervenções de fisioterapia neurológica tanto em adultos quanto em crianças.
Os resultados indicam que a qualidade desses estudos também apresentou uma melhora gradual. A pontuação média dos RCTs aumentou ao longo do tempo, refletindo um aprimoramento nas metodologias de pesquisa empregadas. No entanto, apesar dessa evolução, a qualidade geral ainda é considerada moderada, o que ressalta a importância de continuar investindo em rigor científico na área. O estudo também investigou se existe uma relação entre o prestígio da revista científica (medido pelo Fator de Impacto e Indicação de Citação da Revista) e a qualidade metodológica dos RCTs publicados.
A análise estatística revelou uma correlação fraca, mas significativa, entre esses dois fatores. Isso sugere que o prestígio da revista não deve ser o único critério para avaliar a qualidade de um estudo. É fundamental que os profissionais da área de saúde avaliem cuidadosamente a metodologia de cada estudo antes de aplicar seus resultados na prática clínica. Em suma, a fisioterapia neurológica tem se beneficiado de um crescente corpo de evidências científicas, mas a avaliação crítica da qualidade dos estudos permanece essencial para garantir a melhor assistência aos pacientes.
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