O racismo, compreendido como uma ideologia que hierarquiza grupos sociais com base na raça, tem um impacto profundo na saúde mental. Estudos recentes têm se concentrado em como essa problemática social afeta as relações raciais, tanto para pessoas negras quanto brancas no Brasil. A discriminação racial não é apenas uma questão social, mas também uma questão de saúde pública, com efeitos devastadores na subjetividade e no bem-estar emocional.
Uma pesquisa realizada com psicólogos em Santa Maria (RS) investigou como esses profissionais compreendem o racismo e seus possíveis impactos nas subjetividades de pessoas brancas e negras. Através de questionários, entrevistas e diários de campo, a pesquisa revelou que os psicólogos estão cada vez mais envolvidos na discussão sobre o racismo, reconhecendo suas dimensões individuais e estruturais. Essa compreensão é crucial para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas eficazes que considerem as experiências de racismo vivenciadas pelos pacientes.
A pesquisa também demonstrou que os profissionais da área de saúde mental reconhecem a raça como um fator importante para entender as desigualdades sociais e seus efeitos psicossociais prejudiciais, especialmente na população negra. O racismo internalizado, o estresse crônico causado pela discriminação e a dificuldade de acesso a oportunidades são apenas algumas das maneiras pelas quais o racismo afeta a saúde mental. É fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para abordar essas questões de forma sensível e informada, promovendo um ambiente de cuidado que valide as experiências dos pacientes e combata o racismo em todas as suas formas. A conscientização e a educação contínua são passos importantes para promover a equidade e a justiça racial no campo da saúde mental.
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