Fraturas no rádio distal, uma ocorrência comum, podem deixar sequelas mesmo após o tratamento fisioterapêutico convencional. Dor persistente e limitações funcionais são desafios que motivam a busca por abordagens complementares. Um estudo recente investigou o potencial da visualização motora (VM) como um complemento eficaz ao tratamento conservador, visando otimizar a reabilitação.
A pesquisa, um ensaio clínico randomizado e duplo-cego, envolveu pacientes com fraturas no rádio distal submetidos a tratamento conservador. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu fisioterapia convencional, enquanto o outro combinou a fisioterapia tradicional com a visualização motora. A VM, realizada por meio de telerreabilitação, consistiu em exercícios mentais nos quais os pacientes imaginavam realizar movimentos específicos com o punho e a mão afetados. Os resultados indicaram que ambos os grupos apresentaram melhorias na dor, função e qualidade de vida. No entanto, o grupo que recebeu a visualização motora apresentou avanços significativamente maiores na função do punho, extensão do punho e força de preensão da mão.
Esses achados sugerem que a visualização motora pode ser uma ferramenta valiosa para complementar o tratamento conservador de fraturas no rádio distal. Ao estimular a atividade neural associada aos movimentos, a VM pode ajudar a melhorar a função, reduzir a dor e acelerar o processo de recuperação. A combinação de tratamento tradicional com a visualização motora demonstrou ser mais eficaz do que o tratamento conservador isolado. A pesquisa destaca o potencial da telerreabilitação como um meio acessível e eficaz de fornecer intervenções de visualização motora, abrindo novas possibilidades para a reabilitação de lesões musculoesqueléticas. Mais estudos são necessários para confirmar esses resultados e explorar o potencial da VM em outras condições ortopédicas.
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