A avaliação da capacidade funcional é crucial para monitorar a saúde e o bem-estar de indivíduos de todas as idades. Tradicionalmente, esses testes são realizados em ambientes terrestres, mas a utilização do meio aquático surge como uma alternativa promissora. Um estudo recente explorou a viabilidade, os benefícios e os desafios de realizar testes funcionais na água, comparando os resultados com os obtidos em terra.
A pesquisa envolveu 40 participantes que realizaram o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M), o Teste de Degrau de 2 Minutos (TD2M) e o Teste Timed Get-Up-and-Go (TUG) tanto em terra quanto em uma piscina com 1,2 metro de profundidade. A percepção de esforço foi medida utilizando a escala de Borg modificada. Os resultados revelaram que, embora os participantes caminhassem menos no TC6M e levassem mais tempo para completar o TUG na água, a percepção de esforço foi semelhante à observada em terra. No TD2M, não houve diferença no desempenho entre os ambientes, mas a percepção de esforço foi menor na água. Isso sugere que o ambiente aquático pode oferecer uma forma de exercício com menor impacto nas articulações e, portanto, menor percepção de esforço.
A utilização da água para testes funcionais apresenta diversas vantagens. A flutuação reduz o impacto nas articulações, tornando os exercícios mais acessíveis para pessoas com dores articulares, obesidade ou outras condições que limitam a mobilidade. A resistência da água também oferece um desafio adicional, o que pode aumentar o fortalecimento muscular e a melhora do condicionamento físico. Apesar dos desafios, como a possível dificuldade em realizar alguns testes devido à resistência da água, o estudo conclui que o ambiente aquático é uma opção viável e segura para a realização de testes funcionais, oferecendo benefícios únicos em relação aos testes terrestres. Essa abordagem pode ser particularmente útil para programas de reabilitação e condicionamento físico adaptados para diferentes populações.
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