Substâncias per e polifluoroalquiladas (PFAS) representam um grupo de poluentes orgânicos persistentes que têm despertado crescente preocupação devido à sua capacidade de permanecer no ambiente por longos períodos, sua alta mobilidade e seus efeitos adversos tanto no ecossistema quanto na saúde humana. Estes compostos estão presentes em uma variedade de produtos do dia a dia, desde panelas antiaderentes e embalagens de alimentos até espumas de combate a incêndio e cosméticos, o que contribui para a exposição generalizada da população.
Um dos maiores desafios no monitoramento biológico humano de PFAS é a detecção de suas baixas concentrações em amostras biológicas, juntamente com a presença de substâncias interferentes. A cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas em tandem (LC-MS/MS), combinada com a extração em fase sólida (SPE) como técnica de preparação de amostras, demonstra ser uma solução promissora para alcançar a seletividade e sensibilidade desejadas na determinação de PFAS. Esta abordagem analítica permite identificar e quantificar com precisão mesmo as menores quantidades dessas substâncias em amostras complexas, como plasma, soro e leite materno.
Estudos têm demonstrado que a exposição a PFAS, especialmente os de cadeia longa como PFOA e PFOS, está associada a uma série de problemas de saúde. Estes incluem distúrbios lipídicos, hipertensão, diabetes mellitus, disfunções da tireoide, infertilidade, certos tipos de câncer, obesidade, autismo, problemas de neurodesenvolvimento, doenças cardiovasculares e distúrbios renais e hepáticos. Dada a persistência dessas substâncias no corpo e seus potenciais efeitos adversos, é crucial monitorar a exposição a PFAS, prever sua toxicidade e desenvolver estratégias eficazes para mitigar seus impactos na saúde humana. A pesquisa contínua e a conscientização pública são fundamentais para proteger a saúde das gerações presentes e futuras.
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