A ureteroscopia flexível é um procedimento crucial para tratar diversas condições do trato urinário superior. Recentemente, pesquisadores têm se dedicado a otimizar as configurações dos ureteroscópios, especialmente no que tange à relação entre os canais de irrigação e sucção. O objetivo principal é tornar os procedimentos cirúrgicos mais seguros e eficientes.
Um estudo in vitro inovador utilizou modelos do trato urinário superior construídos a partir de reconstruções de tomografias computadorizadas. Protótipos de ureteroscópios foram desenvolvidos com diferentes combinações de diâmetros de canais de infusão e sucção. Os pesquisadores mediram a pressão intra-renal em várias áreas, incluindo os cálices superior, médio e inferior, bem como a pelve renal. Variando as pressões de infusão, eles avaliaram os efeitos nas taxas de fluxo de irrigação e na distribuição da pressão intra-renal. Esses modelos permitiram prever a pressão e o fluxo durante a ureteroscopia, buscando o equilíbrio ideal entre segurança e eficácia.
Os resultados indicam que a relação entre o diâmetro de infusão e sucção (ISDR) é um fator determinante na pressão intra-renal e na taxa de fluxo. O estudo demonstrou que manter um ISDR abaixo de 0,525, ou uma relação de área de infusão para sucção (ISAR) abaixo de 0,276, oferece um balanço favorável. Isso significa que, para ureteroscópios com canais de infusão e sucção integrados, ajustar esses parâmetros é crucial para garantir a segurança do paciente e a eficiência do procedimento. O objetivo final é minimizar os riscos associados ao aumento da pressão intra-renal, garantindo ao mesmo tempo uma irrigação adequada para a visualização e manipulação durante a cirurgia. A otimização do ISDR é, portanto, um passo importante para avançar na ureteroscopia e melhorar os resultados para os pacientes.
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