A saúde mental de jovens que aguardam avaliação para autismo tem sido objeto de crescente atenção, especialmente em relação ao surgimento de dificuldades como ansiedade e depressão. Um estudo recente investigou a natureza dessas dificuldades e como elas evoluem ao longo do processo de avaliação, buscando fornecer suporte mais eficaz a essa população.
A pesquisa acompanhou 27 jovens e seus pais/cuidadores, coletando dados sobre saúde mental, bem-estar e qualidade de vida em três momentos: durante a espera pela avaliação, no momento da avaliação e três meses após o recebimento do diagnóstico. Os resultados revelaram uma variedade de manifestações de saúde mental clinicamente significativas. Curiosamente, os jovens frequentemente relataram sintomas mais severos do que seus pais, enquanto os pais perceberam um impacto mais significativo em suas vidas. Foi observada uma correlação entre os sintomas de saúde mental e a qualidade de vida dos participantes.
Um achado importante do estudo é que a experiência potencialmente estressante de esperar e completar a avaliação para autismo não pareceu ter um impacto negativo na saúde mental ou no bem-estar dos jovens, em nível de grupo. Isso sugere que não há uma justificativa forte para adiar a avaliação por receio de agravar os sintomas de saúde mental. A avaliação abrangente continua sendo essencial para atender às necessidades dos jovens que enfrentam dificuldades de saúde mental enquanto aguardam o diagnóstico de autismo, permitindo intervenções e suporte direcionados e oportunos.
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