O diagnóstico de câncer e o tratamento subsequente podem impactar significativamente a rotina de atividade física de crianças e adolescentes, um componente crucial para seu desenvolvimento e bem-estar geral. Frequentemente, esses jovens se tornam menos ativos fisicamente durante o tratamento em comparação com o período anterior ao diagnóstico ou com seus pares saudáveis. Diante desse cenário, surge a necessidade de explorar intervenções seguras e eficazes que promovam a atividade física supervisionada nessa população vulnerável.
Uma revisão sistemática recente avaliou estudos sobre intervenções de atividade física (AF) durante o tratamento do câncer em crianças e adolescentes. A análise revelou que as intervenções de AF supervisionada, quando adaptadas à idade, fase do tratamento e condição clínica do paciente, mostraram-se seguras e viáveis. A maioria dos estudos apontou para melhorias na aptidão física, força e qualidade de vida dos participantes, além de uma possível redução da fadiga. A individualização do programa de exercícios, considerando as necessidades e limitações de cada paciente, parece ser um fator chave para o sucesso dessas intervenções.
Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores ressaltam a importância de estudos futuros em larga escala e multicêntricos, com protocolos padronizados, para confirmar os benefícios a longo prazo e determinar as intervenções ideais. A variabilidade nos tipos de exercícios, intensidades e durações, bem como as pequenas amostras e a heterogeneidade das populações de pacientes, dificultam a generalização dos resultados atuais. No entanto, a crescente evidência sugere que a atividade física supervisionada pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento do câncer infantil e adolescente, auxiliando na recuperação física e emocional desses jovens guerreiros.
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