O monitoramento biológico humano (MBH) surge como uma ferramenta essencial na avaliação da exposição humana a substâncias químicas. Através da quantificação dessas substâncias e seus metabólitos em amostras biológicas, como sangue e urina, o MBH oferece uma visão abrangente e precisa das exposições internas, originadas de diversas fontes e rotas.
Na Irlanda, a implementação de um programa nacional de MBH demanda um processo criterioso de priorização de substâncias químicas. Esse processo deve alinhar as diretrizes globais com as percepções locais da população. Um estudo recente buscou integrar iniciativas internacionais, como o Programa Conjunto Europeu de Biomonitoramento Humano para a Europa (HBM4EU) e a Parceria para a Avaliação de Riscos de Produtos Químicos (PARC), juntamente com programas de MBH de diversos países europeus e não europeus. Além disso, foi realizada uma pesquisa nacional para entender as preocupações dos irlandeses em relação a produtos químicos, visando criar uma lista de prioridades abrangente.
Os grupos químicos de maior relevância identificados no estudo incluem metais pesados (como chumbo, cádmio, mercúrio, arsênio e cromo VI), plastificantes (ftalatos), bisfenóis, pesticidas, retardantes de chama, PFAS (substâncias per e polifluoroalquiladas), PAHs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos), POPs (compostos orgânicos persistentes), VOCs (compostos orgânicos voláteis) e filtros UV (ultravioleta). Essa abordagem integrada e participativa estabelece um roteiro para uma lista de produtos químicos robusta e adaptável, crucial para embasar decisões políticas no âmbito do MBH na Irlanda e, consequentemente, aprimorar os resultados em saúde pública.
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