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Um estudo recente investigou as diferenças no funcionamento cerebral de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), focando na interação entre duas redes neurais cruciais: a Rede de Modo Padrão (RMP) e a Rede de Saliência (RS). Estas redes desempenham papéis importantes no comportamento social e na alternância entre a atenção interna e externa. A pesquisa buscou entender como o TEA afeta a interação destas redes e como essas alterações se relacionam com características autistas específicas, além de avaliar a influência da idade no desenvolvimento dessas redes.

Utilizando dados do Autism Brain Imaging Data Exchange, os pesquisadores analisaram a conectividade funcional em repouso de indivíduos com TEA e um grupo de controle. Os resultados revelaram que pessoas com TEA exibem uma maior conectividade entre a RMP e a RS, mas uma menor conectividade dentro da própria RMP, em comparação com o grupo de controle. Essa hiperconectividade entre as redes pode ser um fator contribuinte para as dificuldades sociais frequentemente observadas no TEA.

Adicionalmente, o estudo identificou que a conectividade entre o córtex insular direito e o córtex pré-frontal medial está associada a maiores prejuízos na responsividade social em indivíduos com TEA. Essa descoberta sugere que estas áreas cerebrais específicas desempenham um papel crucial nas dificuldades de interação social características do transtorno. A pesquisa também observou padrões de maturação diferentes nas redes RMP e RS em indivíduos com TEA em comparação com o desenvolvimento típico, reforçando a ideia de que o TEA afeta o desenvolvimento neurológico de forma complexa e multifacetada. Compreender estas diferenças pode abrir caminhos para intervenções mais direcionadas e eficazes no futuro, focando em modular a conectividade entre estas redes para melhorar as habilidades sociais e a qualidade de vida de pessoas com TEA.

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