Um estudo piloto recente investigou a eficácia de um programa de intervenção multidimensional na melhora da função cognitiva em idosos que vivem na comunidade. O estudo comparou os resultados de um grupo que participou de um programa de exercícios aeróbicos e cognitivos, combinado com suporte motivacional, com um grupo controle que realizou apenas treinamento físico. Os resultados indicam que o programa multidimensional pode ser mais eficaz na melhora da função cognitiva subjetiva e objetiva em comparação com o programa de controle.
O programa de intervenção consistiu em exercícios aeróbicos, exercícios cognitivos (realizados em um tapete quadriculado) e suporte educacional motivacional. O grupo de intervenção recebeu 60 minutos de treinamento, três vezes por semana, durante 24 semanas, enquanto o grupo controle participou de 60 minutos de treinamento físico, duas vezes por semana, também durante 24 semanas. Os pesquisadores avaliaram a função cognitiva objetiva (OCF), a função de memória subjetiva (SMC), a bateria de avaliação frontal, a reserva cognitiva e os níveis de depressão, ansiedade e estresse dos participantes.
Os resultados mostraram que o grupo de intervenção apresentou uma tendência positiva na função cognitiva objetiva, na função de memória subjetiva e nos sintomas neuropsicológicos, enquanto o grupo controle não apresentou melhora significativa. A intervenção teve um impacto significativo na função de memória subjetiva, e o grupo controle mostrou uma diminuição substancial na função cognitiva objetiva em comparação com o grupo de intervenção. Esses achados sugerem que programas que combinam exercícios físicos e cognitivos, juntamente com suporte motivacional, podem ser uma estratégia promissora para manter e melhorar a saúde cognitiva em idosos, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e independente.
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