Compressão Torácica Rápida: Impacto na Pressão Intracraniana em Pacientes Neurocríticos

Em pacientes com lesões cerebrais agudas graves, a fisioterapia respiratória é frequentemente utilizada para auxiliar na remoção de secreções e melhorar a função pulmonar. No entanto, algumas técnicas, como a compressão torácica, têm sido associadas a um possível aumento na pressão intracraniana (PIC), um fator crítico a ser monitorado em pacientes neurocríticos. Um estudo recente investigou o efeito da técnica de compressão torácica rápida (CTR) na PIC e na pressão de perfusão cerebral (PPC) nesses pacientes.

O estudo, um ensaio clínico randomizado e controlado, avaliou pacientes neurocríticos submetidos à ventilação mecânica. Um grupo recebeu a técnica de CTR, enquanto o grupo controle foi submetido à mobilização passiva dos membros inferiores. Os pesquisadores monitoraram a PIC, a PPC, a pressão parcial de oxigênio e dióxido de carbono no sangue, além dos fluxos inspiratório e expiratório de pico. Os resultados mostraram que a técnica de CTR não elevou a PIC durante a sua aplicação ou nos 30 minutos seguintes. Observou-se, inclusive, uma ligeira diminuição na PIC durante a aplicação da técnica, com um retorno aos valores anteriores nos 30 minutos subsequentes.

A pressão de perfusão cerebral (PPC) apresentou um comportamento semelhante, embora não tenha se recuperado completamente em ambos os grupos. Curiosamente, o PaCO2 foi significativamente menor no grupo que recebeu a intervenção da compressão torácica rápida ao final do estudo. Esses achados sugerem que a técnica de compressão torácica rápida pode ser uma opção segura em pacientes neurocríticos, não aumentando a pressão intracraniana e, potencialmente, auxiliando na melhora da ventilação. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e determinar o protocolo ideal para a aplicação da técnica em diferentes cenários clínicos.

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