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Karen Horney, uma figura pouco conhecida no Brasil, representa uma contribuição fundamental para a psicanálise. Seu trabalho se destaca pela ênfase nas interações entre cultura e psiquismo, integrando esses dois aspectos de maneira inovadora. A autora investiga como as especificidades culturais influenciam a constituição do sujeito, a produção de conhecimento e as próprias teorias psicanalíticas, impactando inclusive o dia a dia da prática clínica. A obra de Horney demonstra a complexa relação entre a experiência individual e o contexto sociocultural, abrindo caminho para uma compreensão mais abrangente da mente humana.
A articulação entre psicanálise e cultura em Horney não se limita à análise do indivíduo. Ela estende-se a críticas relevantes para o diálogo entre psicanálise, feminismo e estudos de gênero. Através de sua obra, podemos perceber como a cultura molda a experiência subjetiva e como a subjetividade, por sua vez, interage com a cultura. Essa perspectiva interdisciplinar enriquece a compreensão das questões de gênero e abre espaço para reflexões sobre as relações de poder e desigualdade presentes na sociedade. A contribuição de Horney é essencial para uma psicanálise que consiga dialogar com a complexidade do mundo contemporâneo.
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