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Um estudo recente investigou a influência de fatores como aptidão cardiorrespiratória, competência motora, nível de escolaridade materna e percepção parental das atividades de lazer preferidas das crianças na adesão às diretrizes de atividade física (AF) em crianças de 3 a 6 anos. A pesquisa, de natureza transversal, envolveu 367 pré-escolares (53% meninas), avaliando a aptidão cardiorrespiratória (teste de corrida de 20m PREFIT), competência motora (bateria de habilidades motoras), AF (acelerometria), escolaridade materna e percepção parental das atividades de lazer preferidas (questionários). Análises estatísticas, incluindo análise fatorial de covariância, regressão logística múltipla e testes do qui-quadrado, foram realizadas.
Os resultados indicaram que, em ambos os gêneros, a aptidão cardiorrespiratória se associou positivamente à adesão às diretrizes de AF, independentemente da escolaridade materna ou da percepção parental das atividades de lazer. Para as meninas, atividades de lazer ativas com e sem bolas aumentaram significativamente as chances de cumprimento das diretrizes, sem influência da escolaridade materna. Já para os meninos, a escolaridade materna mostrou-se inversamente associada à adesão às diretrizes; meninos de mães com menor escolaridade tinham maior probabilidade de ter atividades com bolas como lazer preferido, o que foi um preditor mais forte de adesão às diretrizes, independentemente da escolaridade materna. Os meninos apresentaram maior prevalência de atividades de lazer ativas com bolas do que as meninas (42,8% vs. 7,7%). Concluiu-se que, independentemente da aptidão cardiorrespiratória ou da competência motora, as circunstâncias familiares e socioculturais influenciaram a AF de acordo com o gênero. Políticas de saúde devem incentivar a participação equitativa entre gêneros em esportes ou atividades culturalmente relevantes, especificamente no contexto familiar.
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