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Um estudo observacional, longitudinal e multicêntrico avaliou as repercussões respiratórias e funcionais de curto e longo prazo em indivíduos após hospitalização por COVID-19. Foram avaliados 65 participantes (54,8 ± 12,5 anos, 54% homens) aos 15, 90 e 180 dias após a alta hospitalar. As avaliações incluíram espirometria, pressão inspiratória máxima (PIM), escala de dispneia mMRC, teste de caminhada de seis minutos (TC6M), força de preensão manual, teste de sentar e levantar de 30 segundos (30sSTS) e atividade física na vida diária.
Os resultados mostraram reduções na capacidade vital forçada (CVF), PIM, capacidade funcional, força muscular periférica e baixos níveis de atividade física. A CVF apresentou valores de 67,6 ± 25,4%, 76,7 ± 20,5% e 70,1 ± 22,6% do previsto aos 15, 90 e 180 dias, respectivamente. A PIM apresentou resultados semelhantes. A dispneia, a redução da CVF, a força muscular periférica e os baixos níveis de atividade física persistiram mesmo 180 dias após a alta. O estudo destaca a importância de estratégias preventivas e de reabilitação para minimizar as sequelas da COVID-19 em pacientes após a alta hospitalar. A persistência de sintomas como dispneia e redução na capacidade funcional ressaltam a necessidade de acompanhamento médico de longo prazo para esses pacientes.
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