“Capacidade e Perfil Funcional de Indivíduos Pós-COVID-19: Acompanhamento de um Ano”

Um estudo analisou o perfil de indivíduos infectados pela COVID-19 durante as ondas pandêmicas de 2020 e 2021. A pesquisa, de natureza transversal, envolveu pacientes encaminhados para reabilitação após infecção por COVID-19. Foram utilizados instrumentos de avaliação como a Escala Modificada de Borg, a Escala de Dispneia do Medical Research Council (MRC), os instrumentos de qualidade de vida EQ-5D-3L e EQ-VAS, além da Escala Funcional Pós-COVID (PCFS). Avaliações funcionais adicionais incluíram espirometria, manovacuometria, dinamometria manual, teste de caminhada de 6 minutos (6MWT) e teste de levantar-se da cadeira. Um total de 286 pacientes (idade média de 49,01 ± 16,86 anos) participaram, divididos em grupos de acordo com o ano de infecção: 2020 (n=118) e 2021 (n=168).

Os resultados apontaram piora dos sintomas em 2021, incluindo aumento nas taxas de hospitalização, e estadias mais longas em enfermaria e UTI. A qualidade de vida relacionada à saúde também diminuiu significativamente, particularmente em relação à mobilidade (p=0,02), dor/desconforto (p=0,001) e atividades habituais (p=0,004). A persistência dos sintomas e a consequente diminuição da funcionalidade sugerem maior gravidade da doença em 2021. A segunda onda da COVID-19 exacerbou o impacto da doença, levando a comprometimentos funcionais e sistêmicos mais frequentes, o que destaca a necessidade crescente de reabilitação pós-COVID para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O estudo ressalta a importância da avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida em pacientes pós-COVID-19, principalmente considerando a variabilidade na gravidade da doença entre diferentes ondas pandêmicas.

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