“Associação entre função motora grossa e qualidade de vida em adultos brasileiros com paralisia cerebral”

Um estudo exploratório realizado com 30 adultos brasileiros com paralisia cerebral (PC), com idades entre 18 e 54 anos, investigou a associação entre a função motora grossa (FMG) e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A FMG foi avaliada utilizando o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), enquanto a QVRS foi medida pelo questionário Short-Form Health Survey (SF-36), dividido em resumos de saúde física e mental. Os resultados mostraram uma correlação entre a FMG e a QVRS. Uma melhor FMG explicou 37% da variabilidade na QVRS relacionada à capacidade funcional e 22% dos aspectos físicos. Por outro lado, uma FMG mais comprometida explicou 15% da variabilidade na QVRS relacionada aos aspectos emocionais.

A pesquisa indica que uma melhor função motora grossa está associada a uma maior qualidade de vida relacionada a aspectos físicos e funcionais. Entretanto, um comprometimento maior na função motora grossa se mostrou parcialmente associado a uma maior qualidade de vida relacionada a aspectos emocionais. Esses achados são consistentes com estudos internacionais e ressaltam a complexa interação entre a função motora, os aspectos emocionais e a qualidade de vida em indivíduos com paralisia cerebral. É importante considerar que este estudo teve um tamanho amostral pequeno e foi realizado em um município de pequeno/médio porte, limitando a generalização dos resultados para outras populações.

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