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O período pós-parto, que se inicia logo após a expulsão da placenta, é marcado por mudanças locais e sistêmicas no corpo da mulher. Essa transição está intrinsecamente ligada ao funcionamento da mulher, e a Classificação Internacional de Funcionamento, Incapacidade e Saúde (CIF) fornece uma base para a aplicação do modelo biopsicossocial. Um estudo investigou o funcionamento e a incapacidade de mulheres no pós-parto nos subperíodos puerperal imediato, tardio e remoto. A pesquisa, de natureza transversal, observacional e quantitativa, utilizou um formulário de anamnese com dados sociodemográficos, antropométricos e obstétricos, além de questões relacionadas à CIF. O questionário WHODAS 2.0, com 36 itens, foi aplicado para avaliar a incapacidade.
O estudo, que envolveu 82 mulheres no pós-parto, identificou 32 categorias da CIF, sendo estrutura e função as mais frequentes. No WHODAS 2.0, para a amostra total e para cada subperíodo puerperal, o domínio (D5) – Atividades da Vida – mostrou-se mais comprometido. Ao comparar os domínios com os subperíodos puerperais, observou-se que o puerpério imediato apresentou menor incapacidade, diferindo do puerpério remoto e tardio em relação à cognição (p=0,0365) e participação (p=0,0197). O domínio (D2) – Mobilidade – apresentou diferença entre o puerpério tardio e o remoto, com o remoto mostrando menor incapacidade (p=0,0212). A diversidade de itens preenchidos na CIF sugere que o funcionamento pode ser afetado no pós-parto, e a incapacidade pode se manifestar em todos os momentos desse período.
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