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Um estudo qualitativo investigou a percepção de pais sobre os vínculos familiares e sua relação com os transtornos alimentares (TA) em seus filhos, especificamente anorexia e bulimia. Utilizando o método clínico-qualitativo e a Psicanálise Vincular como base teórica, a pesquisa aplicou o genograma a cinco participantes, analisando suas representações da estrutura familiar e dinâmicas de relacionamento.
Os resultados apontaram que as famílias de origem dos participantes eram, em sua maioria, numerosas. A relação com a mãe foi descrita como acolhedora, enquanto o vínculo com o pai foi caracterizado como afetivamente empobrecido. Nas famílias constituídas, o relacionamento conjugal apresentou um padrão de complementaridade fusional, e o vínculo com as filhas foi percebido como harmônico, o que diverge de estudos prévios sobre o tema. A pesquisa conclui que a herança de modelos parentais pouco contenedores e com vínculos conflituosos influencia significativamente a maneira como os pais representam suas experiências de paternidade, sugerindo a importância de investigar esses fatores para a compreensão e tratamento de TA em jovens.
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