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Práticas de Avaliação Psicológica em Suspeitas de Abuso Sexual Infantil Intrafamiliar
Uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro investigou as práticas de avaliação psicológica utilizadas por profissionais forenses em casos de suspeita de abuso sexual infantil intrafamiliar no âmbito do judiciário. O estudo, realizado por meio de entrevistas qualitativas com psicólogos e analistas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), analisou as metodologias empregadas e as dificuldades encontradas pelos profissionais. A análise revelou a diversidade de práticas avaliativas, indicando uma predominância do uso de entrevistas e uma menor utilização de outros instrumentos psicológicos. Os resultados destacam a complexidade do processo, apontando para a necessidade de uma melhor compreensão das práticas existentes e de possíveis aprimoramentos.
Entre os desafios enfrentados pelos profissionais, destacam-se o intervalo de tempo entre o ocorrido e a perícia, a grande demanda de trabalho e os prazos processuais curtos. Esses fatores, segundo os entrevistados, impactam diretamente a qualidade das avaliações e a possibilidade de se utilizar metodologias mais abrangentes. A pesquisa aponta para a necessidade de uma reflexão sobre os recursos disponíveis e as estratégias utilizadas pelos psicólogos forenses no enfrentamento dessa demanda, buscando otimizar os processos e garantir a eficácia das avaliações psicológicas em casos tão sensíveis e complexos como os de abuso sexual infantil.
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