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Um estudo recente, realizado por Pereira, Luisa Braga; Fonseca, Rodrigo Gabrig; e Cagnin, Simone, investigou a influência da emoção no raciocínio dedutivo. Através de uma revisão sistemática de artigos publicados em bases de dados como Capes, Scielo, PubMed e Google Acadêmico, a pesquisa analisou o impacto de conteúdos emocionais, tanto positivos quanto negativos, na capacidade de raciocínio lógico. Foram utilizados descritores como “conteúdo afetivo”, “conteúdo avaliativo” e “emoção”, combinados com “raciocínio”, para a busca dos estudos relevantes. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, a revisão resultou na análise de 17 artigos, duas dissertações de mestrado e uma tese de doutorado.
Os resultados obtidos mostraram uma relação complexa entre emoção e raciocínio. Em geral, os participantes apresentaram pior desempenho em tarefas de raciocínio que envolviam conteúdos valorativos negativos. No entanto, um dado interessante surgiu: quando os conteúdos negativos eram relevantes para a tarefa, eles influenciavam positivamente o raciocínio dedutivo. Isso indica que a influência da emoção no processo de raciocínio não é simplesmente positiva ou negativa, mas depende do contexto e da relevância do conteúdo emocional para a tarefa em questão. Esses resultados reforçam a complexa interação entre emoção e cognição e a importância de considerar o papel das emoções no processo de tomada de decisão e resolução de problemas.
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