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A arte e a literatura sempre tiveram um lugar de destaque nas teorias de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Embora ambos se apropriem de obras literárias para ilustrar seus conceitos, suas abordagens e interpretações apresentam diferenças significativas. Um estudo comparativo de suas análises sobre as peças de Shakespeare, Hamlet e Macbeth, demonstra claramente essa divergência. Freud, por exemplo, demonstra interesse em Macbeth, particularmente na figura de Lady Macbeth, enquanto a análise de Hamlet é um foco comum a ambos os teóricos, revelando diferentes perspectivas sobre a psique humana e a dinâmica inconsciente.
O artigo em questão explora a maneira como Freud e Lacan interpretam essas duas tragédias shakespearianas, buscando identificar pontos de convergência e divergência em suas abordagens. A escolha dessas peças se justifica pela riqueza de temas que elas abordam, como a culpa, o desejo, a morte e o poder, elementos recorrentes nas reflexões psicanalíticas. Apesar das diferentes interpretações, Hamlet e Macbeth, com seus personagens complexos e suas narrativas densas, fornecem material rico para a análise psicanalítica, servindo, inclusive, como exemplos paradigmáticos para a compreensão de conceitos psicanalíticos complexos.
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