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Desde a popularização do rádio e da televisão no Pará, a mídia local tem difundido a ideia de uma “música paraense” única e homogênea, termo frequentemente utilizado em diversos eventos dentro e fora do estado. Uma pesquisa analisa criticamente essa perspectiva, investigando os mecanismos psicossociais que atuam na relação entre indústria cultural e formação de massas, com foco no evento Terruá Pará. A pesquisa utilizou revisão bibliográfica e análise de materiais impressos da terceira edição do festival para sua investigação.
Os resultados sugerem que o Terruá Pará, apesar de pregar a valorização da música regional, paradoxalmente contribui para a formação de uma massa homogênea e abstrata. Ao desconsiderar as diversas expressões musicais da região, o evento promove uma forma específica de subjetividade, reduzindo a complexidade da cultura paraense a um produto de consumo massificado. A pesquisa aponta para a necessidade de uma análise mais crítica dos discursos de identidade regional, considerando as dinâmicas de poder e os processos de construção de imagens simplificadas e estereotipadas de uma cultura tão rica e diversa como a paraense.
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