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Um estudo recente analisou a produção científica brasileira em Psicologia e Marxismo no século XXI, buscando identificar avanços e lacunas na interação entre essas duas áreas. A pesquisa coletou 124 artigos publicados por psicólogos brasileiros, analisando-os sob aspectos cientométricos e temáticos. Os resultados indicam que a principal área de convergência entre Psicologia e Marxismo é a Educação/Psicologia Escolar, com Vigotski e a Psicologia Histórico-Cultural servindo como ponte conceitual.
Apesar da presença do referencial marxista em diversos campos da Psicologia, a pesquisa mostra que sua utilização ainda é residual, muitas vezes atuando como um complemento às análises psicológicas tradicionais. A pesquisa defende a importância de uma aproximação mais profunda entre essas duas áreas, buscando questionar a individualização e psicologização de fenômenos sociais estruturais e fortalecer a percepção do papel da Psicologia como agente de mudança social. A integração do pensamento marxista na psicologia pode gerar uma perspectiva mais crítica e transformadora na compreensão de fenômenos psicológicos e sociais.
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