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Este estudo analisa a intensificação da precarização do trabalho de professoras em escolas públicas durante a pandemia de Covid-19, focando nos municípios de Dourados e Ivinhema, Mato Grosso do Sul. A pesquisa busca compreender as transformações nas relações de trabalho dessas profissionais, considerando perspectivas feministas e críticas ao neoliberalismo. As experiências relatadas pelas professoras revelam desafios significativos, como a falta de suporte financeiro adequado por parte dos órgãos públicos, dificuldades no acesso e uso de tecnologias para o ensino remoto, e a sobrecarga decorrente do trabalho remoto, agravada pelo luto, pelas responsabilidades de cuidado e pela dificuldade em separar o trabalho produtivo do reprodutivo, ambos frequentemente realizados no mesmo espaço – casa e trabalho.
Os relatos demonstram que a pandemia exacerbou as condições precárias de trabalho já existentes. A pesquisa argumenta que a intensificação da precarização se relaciona à apropriação capitalista e patriarcal dos corpos, tempos e territórios das professoras. A análise das narrativas contribui para a compreensão das complexas implicações da pandemia na vida profissional dessas mulheres, destacando as desigualdades de gênero e as vulnerabilidades sociais que foram acentuadas durante esse período. A pesquisa utiliza as narrativas das professoras para trazer à tona as dificuldades enfrentadas e as consequências para a saúde mental e física destas profissionais, durante um período de excepcional dificuldade.
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