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Um estudo retrospectivo analisou características clínicas e laboratoriais de crianças com colelitíase, buscando identificar fatores associados à necessidade de colecistectomia. Foram incluídos 35 pacientes diagnosticados com colelitíase por ultrassom entre 2007 e 2021. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo NC (sem colecistectomia) e Grupo C (com colecistectomia). A dor abdominal foi o sintoma predominante, presente em 60% dos pacientes com comorbidades. Do total, 33 pacientes foram tratados ambulatorialmente, enquanto dois continuaram o acompanhamento em outra unidade. Doze pacientes optaram pelo tratamento expectante (Grupo NC), enquanto 21 foram submetidos à colecistectomia (Grupo C).
A colecistectomia laparoscópica eletiva foi realizada no Grupo C, com idade mediana de 11 anos e 3 meses. O Grupo C apresentou maior frequência de dor abdominal em comparação ao Grupo NC (P=0,04). No entanto, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação a sexo, comorbidades, icterícia, febre, achados laboratoriais, duração dos sintomas, tempo de acompanhamento ou idade no diagnóstico. A duração mediana do acompanhamento no Grupo NC foi de 1 ano e 7 meses. A conclusão do estudo aponta que a dor abdominal foi o sintoma predominante nos pacientes submetidos à colecistectomia, enquanto comorbidades e anormalidades laboratoriais não mostraram associações significativas. Embora a intervenção cirúrgica seja geralmente recomendada, o tratamento expectante se mostrou viável em alguns casos sem complicações durante o período de avaliação.
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