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Um estudo transversal realizado no Chile avaliou a relação entre aptidão cardiorrespiratória, fatores de risco cardiovascular e o tipo de escola frequentada por 7.218 estudantes. Foram analisados indicadores como força dos membros inferiores e superiores, força abdominal, flexibilidade do tronco, frequência cardíaca durante o exercício e aptidão cardiorrespiratória. O índice de massa corporal, frequência cardíaca e a razão cintura-altura também foram considerados como preditores de risco cardiovascular. Os resultados foram comparados entre estudantes de escolas públicas, escolas privadas, escolas subsidiadas e escolas com administração delegada.
A pesquisa identificou diferenças significativas nos preditores de risco cardiovascular (p < 0,05) e nos testes de aptidão física avaliados (p < 0,01) entre os diferentes tipos de estabelecimentos educacionais. Estudantes de escolas privadas e subsidiadas apresentaram menores níveis de risco cardiovascular e maior aptidão física em comparação com estudantes de escolas públicas e escolas com administração delegada. Concluiu-se que estudantes em instituições com maior nível socioeconômico tendem a ter menor risco cardiovascular e melhor aptidão física. Os autores sugerem a implementação de intervenções escolares específicas para mitigar o risco cardiovascular e melhorar a aptidão física entre a população mais vulnerável, propondo estudos futuros para analisar hábitos de atividade física e nutrição nessas escolas, a fim de identificar os fatores que influenciam os resultados observados.
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