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Caminhada e Cognição: Como o Estresse Afeta o Movimento em Idosos

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Um estudo recente investigou a relação entre o processamento cognitivo do movimento e o comportamento ao caminhar em idosos sob condições de estresse ambiental. A pesquisa, publicada no Stress Health Journal, buscou entender como diferentes tendências psicomotoras influenciam a maneira como os idosos respondem a desafios durante a locomoção.

Os pesquisadores recrutaram 102 idosos residentes na comunidade e os dividiram em dois grupos: aqueles com maior tendência ao processamento consciente do movimento (HCMP) e aqueles com menor tendência (LCMP). Os participantes foram submetidos a testes de caminhada em duas condições: um ambiente normal (superfície plana) e um ambiente desafiador (superfície elevada e de espuma). Durante os testes, foram avaliados o processamento consciente do movimento em tempo real (através de eletroencefalografia), a estabilidade da marcha (analisando variações nos parâmetros da marcha e o movimento medial-lateral do corpo) e a eficiência neuromuscular (medida pelo índice de co-contração dos músculos da perna).

Os resultados mostraram que, no ambiente desafiador, o grupo LCMP apresentou um aumento significativo no processamento consciente do movimento, enquanto o grupo HCMP manteve um nível consistente em comparação com a caminhada em superfície plana. Ambos os grupos demonstraram redução na estabilidade e eficiência da marcha no ambiente desafiador. A pesquisa sugere que indivíduos com menor processamento consciente do movimento podem ser mais suscetíveis a exibir um processamento consciente induzido pelo ambiente, o que, por sua vez, pode levar a um comportamento de caminhada menos estável e eficiente. Este achado destaca a importância de investigar esse grupo, frequentemente considerado de menor risco de quedas. O estudo também indica que a resposta do grupo HCMP parece ser independente do estresse ambiental, possivelmente devido a uma sobrecarga da memória de trabalho, limitando a capacidade de adaptação a estressores adicionais. Pesquisas futuras devem se concentrar em idosos com maior risco de quedas, pois o impacto negativo do aumento do processamento consciente do movimento pode ser mais evidente na ausência de adaptações compensatórias provenientes de uma função física superior.

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