Um estudo recente realizado no Quênia investigou o uso de pulseiras equipadas com GPS como uma ferramenta para melhorar o acesso e a adesão a serviços essenciais de saúde materno-infantil em comunidades pastorais. A pesquisa focou especificamente no acompanhamento pré-natal (ANC), parto em unidades de saúde (HFD) e cuidados pós-natais (PNC), indicadores cruciais para a saúde de mães e bebês.
O estudo envolveu um ensaio controlado randomizado com mulheres grávidas em seu primeiro trimestre. Um grupo recebeu pulseiras GPS durante 16 meses, cobrindo o período pré e pós-natal, enquanto o grupo de controle recebeu os cuidados de rotina. Os resultados mostraram que as mulheres que usavam as pulseiras GPS tinham uma probabilidade significativamente maior de comparecer a mais de quatro consultas de ANC e receber cuidados pós-natais. Adicionalmente, houve uma tendência maior de partos com bebês nascidos vivos no grupo de intervenção, embora essa diferença não tenha sido estatisticamente significativa em relação ao local de parto.
Apesar de não haver uma alteração drástica no local de parto, a tecnologia GPS parece facilitar o acesso aos serviços de saúde. A pesquisa sugere que a implementação de tecnologias inovadoras, como as pulseiras GPS, pode ser uma estratégia eficaz para superar barreiras geográficas e culturais que dificultam o acesso aos cuidados de saúde em comunidades rurais e pastorais. Estudos futuros deverão investigar a escalabilidade e o impacto a longo prazo dessas intervenções, refinando a tecnologia para atender às necessidades específicas de diversas populações e, assim, melhorar os indicadores de saúde materno-infantil globalmente. A patente da pulseira pelo Instituto de Propriedade Industrial do Quênia demonstra o potencial de inovação local para resolver desafios de saúde pública.
Origem: Link